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O BBB10 acabou

 

O Big Brother sempre funcionou pra mim como um dramalhão mexicano, como um grande teatro de dramas inventados. Sentimentos diversos se misturam nesse caldeirão de paixões sem paixão, pessoas simples mas envoltas em realidades falseadas, forçosamente criadas na espontaneidade de uma mistura imiscível.

No entanto, esta última edição do BBB10 trouxe um grande diferencial. Uma proposta de real mistura de cores, de ideias e sentimentos, quase beirando a realidade, porquanto somos iguais nas diferenças. A princípio, todas as edições pareciam extremamente dicromáticas, sem a intenção de retratar uma minoria- apesar de algumas  exceções- que  sempre foi parte da sociedade, mas nunca tratada dentro da sua própria diversidade. Pretensamente nos sentíamos representados por um professor intelectual, mas que não trazia no seu bojo a real dimensão da sexualidade em outras nuances menos heterocêntricas.  Estou falando de Serginho e Dicésar que retrataram coloridamente a diversidade dentro da diversidade, sem a talvez sublimação acadêmica do professor Jean e do, à época, bissexual, Marcelo. Por conseguinte, esta edição trouxe, sem mencionar  a participação da Morango (Angélica), uma aglutinação que não é assumidamente a representação da comunidade GLS em si, mas que definitivamente reflete a verdadeira definição da diferença. Em que pese a atuação e a praticipação, bem como a divulgação de suas ideias, o fato é que esta amostragem revelou para o Brasil que a diferença é muito mais de que um fundamento racional sobre a dicotomia hetero/homo. É uma questão de aceitação. E isso ficou bastante claro na edição BBB10, particulamente com o embate entre a heterossexualidade de Dourado, e a HUMANIDADE de Dícesar. Falo humanidade por que a expressividade maior deste participante foi sua diplomática – e não propalada falsidade- foi a maior virtude apagada, incompreendida, mas que saltava aos olhos dos que a conheciam e reconheciam.  Não a toa, Pedro Bial comparou a virtude de Dicésar na figura carismática e bondosa de Dorothy, do mágico de Oz, a qual procurou ajudar, lutando contra a Bruxa do Leste, para conseguir, não para si, mas para seus companheiros, coisas que para ela seriam sem importância, mas que fariam a grande difrença na vida dos outros. Acreditem, não foi uma comparação a toa, nem vã, tampouco representativa de alguma sensibilidade puramente gay.

Para mim- falo num tom bastante íntimo- O BBB10 acabou com a eliminção covarde do  Dicésar. E nem preciso explicar por que covarde.

Mas hoje, senti-me vitorioso pela eliminção de uma pessoa que aglutinou todas as vicissitudes de uma mulher que – em que pese suas necessidade pessoais para emprego do prêmio- aglutinou a falta da benesse de um poder intimamente espúrio, o poder da manipulação de almas fracas. Os poucos que resistiram a sua locura eram considerados por seus asseclas como falsos ou sem opiniões firmadas. Pura falácia política alucinógena que a pricípio dá o prazer, depois te toma de assaulto. E foi assim com o reinado de areia de Lia.

Gritei, pulei como alguém que tem sua alma lavada por uma verdade reveladora. Por um momento pensei que a máfia pudesse se importar com a reputção da participante Lia. Mas acho que sua antipatia não conquistou os seguidores do Professor Dourado. Por esta razão, as vozes da verdade e do voto representativo de cada cidadão  e não de um multirão, cujo expediente é finaciado por ociosos glutões e socialites sem propósito, senão de financiar estereótipos ultrapassados de um homem que não mais existe- por mais que eu seja simpatizante de uma coexistência multípla-  hodienarmente,  o que subisiste é o real e depretensioso direito da diversidade, no qual não resiste este padrão dourado-fálico-bruto-falso-politicamente-forçosamente-correto.

Nada mais a dizer, senão que estou de alma lavada pela vitória de Fernanda , a  saída de Lia e a anunciada-sem-graça-idiota-sem-mérito vitória do Dourado. O BBB10 acabou. Next!