AVATAR

 

 

 

 

 

O enredo de Avatar não parece ser novo. É a velha história contada sob o ponto de vista do oprimido e do opressor; do conquistado e do conquistador, com a premissa de que o julgo do mais racional e civilizado é sempre o mais benéfico; aquela visão capitalista de empreendedorismo que se furta de suas responsabilidades ambientais e sociais. Longe de ser uma utopia; os Na’vi vivem em completa harmonia com Gaya- ou devo dizer Eywa?-, abrindo a discussão para outro tema: o misticismo, como forma ainda primitiva para a explicação da coisas. Mas será mesmo o julgo do civilizado; ou o “povo do céu” o mais salutar? Serão os Na’vi os iraquianos disfarçados de uma civilização menosprezada; e o povo do céu uma imitação fidedigna do outrora Grandeur Estados Unidos? Tais assunções não são tão difíceis de serem percebidas. Avatar é uma ode à vida em harmonia, a despeito de cultura, misticismo, evolução genética, ou quaisquer outros assuntos. É um tratado de armistício entre o Homem e a Natureza, no qual as relações parecem mais simbióticas do que imaginamos.

Poderia ser uma releitura da tecnologia digital, reinterpretando os clássicos românticos. Porque Avatar é uma historia de amor; não há duvida disto. Nada é novo, como disse algum sábio escritor. Romeu e Julieta são a base para a esta história de amor; o ideal romântico, o as novelas de cavalaria: o mocinho, o bandido… Um ritual de passagem; ou de aceitação remonta o ideal do macho pronto para entrar na vida adulta. Jake, vivido em seu avatar, consegue a destreza de domar uma espécie de grande pterodátilo; realizando um trabalho quase hercúleo.  Enfim, uma plêiade de aventuras recontadas e misturadas numa ficção de alta qualidade tecnológica. Avatar é uma história de amor porque também faz chorar.

E num filme que prima pela qualidade das imagens, falar –  ou escrever sobre-, torna-se mero diletantismo.

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